Passadas as festas e nossas cervejas especiais, retomamos então a série sobre equipamentos cervejeiros. Encerramos anteriormente os equipamentos da etapa quente, porém ainda temos um mosto quente antes de passar para a fermentação. Nesse momento crucial da brassagem, em que devemos ajustar a temperatura do banquete que iremos servir às leveduras, temos várias opções de aliados desde custo zero ao mais Tony Stark possível, vamos conhecer alguns equipamentos cervejeiros?
Piscina
Oi? Como é que é? Isso mesmo cervejeiros, tem quem resfrie o mosto na beirada da piscina. Com aquele monte de água pra trocar calor, tendo um pouco de cuidado, a panela é introduzida na parte rasa da piscina e deixada ali (obviamente bem vedada) até que o mosto chegue na temperatura ideal. Recomendo? Não. Mas é uma opção de custo zero.
Sacos de gelo
Também há quem utilize uma tina d’água cheia de gelo desses comprados em conveniências de postos. Pela temperatura estar muito mais baixa que a água da piscina, o processo todo é mais rápido e quanto mais rápido terminarmos essa etapa, menos chances de contaminação. A desvantagem é ser um método de uso único. Pra cada leva você terá que conseguir mais gelo.
Chiller de imersão
Esse é o mais utilizado, com melhor custo/benefício e fácil de usar. Consiste em uma serpentina de alumínio ou cobre que será introduzida à panela durante a etapa de fervura e com uma mangueira conectada em cada extremidade da serpentina, circula água o mais fria possível, agilizando a troca de calor com o mosto.
Chiller de Contra-fluxo
A evolução do chiller de imersão, no contra-fluxo temos uma serpentina dos materiais já citados dentro de uma serpentina de mangueira. Na serpentina interna circula o mosto e na externa circula a água. Mais trabalhoso, mais caro, porém muito mais rápido.
Chiller de placas
Meu preferido, esse chiller parece um radiador de automóvel, cheio de aletas que são facilmente resfriadas e por dentro dele, assim como no chiller de contra-fluxo, em um sentido passa o mosto e isoladamente no sentido oposto passa água. Além de ser mais fácil fazer as conexões e o uso em relação ao contra-fluxo, ele também é menor, perfeito pros cervejeiros de apartamento. O valor, claro, é maior. Além de ser mais difícil de sanitizar.
Em todas as três opções de chiller é possível combinar com o gelo, desde que você tenha uma forma de manter o fluxo de água abundante, pode ser através da gravidade ou de uma bombinha d’água. Além disso, os chillers de imersão e de placa ainda podem ser introduzidos num recipiente com gelo para aumentar a troca de calor. Nessa hora vale usar a imaginação, só não vale (de jeito nenhum) usar dietilenoglicol.