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Cervejas americanas – tudo sobre essa lupulada escola cervejeira

Para fechar nossa série sobre escolas cervejeiras vamos saber um pouco mais daquela conhecida como a Nova Escola Cervejeira, as cervejas americanas.

O mercado cervejeiro dos Estados Unidos sofreu muito durante a Lei Seca (1920 a 1933). Produtores de cerveja e whisky sofreram bastante durante esse período, muitos fecharam as portas esperando reabrir um dia, outros migraram para a produção de refrigerantes e extratos de malte, mas uma coisa é certa: a nação não parou de beber.

Foi um período de caos, onde mafiosos dominavam a venda de bebidas, bares clandestinos eram pontos de encontro e o alcoolismo cresceu absurdamente. Nessa época, fora as bebidas vendidas clandestinamente, cresceu muito a cultura homebrew. Era possível comprar extrato de malte, levá-lo para casa e fermentá-lo, seja para produzir cerveja ou destilar moonshine.

Quando a lei foi revogada em 1933, havia restrições sobre o nível alcoólico das cervejas, o que ocasionou o crescimento da famosa cerveja de massa, a American Standard Lager.

Quer saber mais sobre a Lei Seca? Existe um documentário chamado Prohibition no Netflix que conta de forma bem detalhada esse trecho da história.

Forte cultura homebrew

Porém a cultura homebrew já estava enraizada e aqueles que produziam suas próprias bebidas não sentiam prazer na cerveja massificada, tínhamos um gigante adormecido. Em 1942 é fundado o Small Brewers Committee (Comitê de Microcervejarias), que mais tarde viria a se tornar a Brewers Association, de Charles Papazian.

Em 1976 a Brewers Association conseguiu negociar um diferencial de impostos para pequenos produtores, então o gigante acordou e começou a explosão das microcervejarias nos EUA. Nessa época existiam cerca de 100 microcervejarias, em 1988 já passavam de 200, dobrando novamente em 1993. Hoje existem mais de 3 mil microcervejarias e brewpubs espalhados pelos EUA.

Características da escola cervejeira americana

A Escola Americana é conhecida por suas releituras de estilos clássicos porém com maiores cargas de lúpulo e teor alcoólico. Saiba então que se encontrar alguma cerveja onde o estilo é precedido de “American”, pode esperar uma cerveja com lúpulos muito aromáticos e provavelmente ABV e IBU mais altos que o habitual.

>> Cerveja inglesa – conheça essa tradicional escola cervejeira <<

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Cheers!

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Escrito por Fred Banionis

Homebrewer, sommelier de cerveja e produtor audiovisual. Amante de harmonizações e caçador de novas experiencias.