Estamos em 2017 e ainda ouvimos que a mesa do bar não é lugar para mulher. Que mulher não gosta e não entende de cerveja, que não há lugar para elas no mercado cervejeiro, e o mais chocante, vemos empresas desenvolvendo cervejas “femininas”.
Sim, o mercado consumidor hoje ainda é predominantemente masculino, assim como no mercado cervejeiro. E muitos esquecem que as mulheres sempre tiveram grande presença na história da cerveja (confira mais aqui) e nos dias de hoje, cada vez mais vemos mulheres atuando e de forma significativa, tanto como consumidoras, entusiastas e também como profissionais. Então, é preciso abrir sua mente e aceitar que sim, nós mulheres, mandamos muito nessa área e estamos conquistando cada vez mais espaço.
A fim de quebrar esse paradigma, de que a mulher não tem vez no mercado cervejeiro a cervejaria Dádiva de São Paulo – comandada por mulheres! –, deu início a um projeto show de bola chamado E.L.A (empoderar, libertar, agir), uma cerveja American Barley Wine, que conta com 10.5% de abv e lindos 60 de IBU. Projeto que contou com a participação de profissionais mulheres atuantes na área, com a renda obtida convertida à instituições de apoio a mulher que sofre violência. Uniu a vontade de mostrar que cerveja para mulher, é aquela que ela quiser, desmistificar o machismo existente ainda no mercado – afinal, é uma breja incrível! E feita só por mulheres! – e no fim, ajuda uma causa que vale a pena.
Claro, mudanças ocorrem aos poucos. No meu último curso, éramos 15% dos alunos, mas nem se compara ao primeiro, onde era apenas eu de mulher. No próximo, espero que a porcentagem seja maior e não pare mais de crescer! Preconceito? É, rola um comentário lá ou outro e confesso, vem muito mais de pessoas de fora, do que de quem atua na área, onde sempre recebi muito incentivo e apoio!
Vocês ainda vão ver muita contribuição feminina pra esse mundo que amamos!
Cheers!