É um filme muito inteligente e intenso, totalmente ancorado nas atuações dos atores, que foram muito bem, diga-se de passagem
Sabe aquele filme que você assiste dando risadas nervosas? Que você não sabe muito bem se tem vontade de rir, de chorar ou de fugir? Assim é “Deus da Carnificina”, um drama comédia no qual 99% das cenas acontecem na sala de um apartamento, onde dois casais se encontram para discutir um mal entendido entre os filhos na escola que acabou em uma agressão.
O que se inicia como uma conversa despretensiosa sobre os filhos acaba descambando para uma sessão de psicanálise barata. O foco nas crianças vai se perdendo e as personalidades assumem o protagonismo. O apartamento apertado vai consumindo a paciência de todos.
Nancy, mãe do menino agressor interpretada por Kate Winslet, é uma mulher elegante e cordial. Mas vomita no meio da sala de nervoso e se descontrola várias vezes com o marido Alan, que não sai do celular durante todo o encontro.
Penelope, interpretada por Jodie Foster e pregadora da paz mundial, explode e começa a bater no marido após ouvir revelações contadas num momento de pressão.
O que se inicia como uma conversa despretensiosa sobre os filhos acaba descambando para uma sessão de psicanálise barata.
É um filme muito inteligente e intenso, totalmente ancorado nas atuações dos atores, que foram muito bem, diga-se de passagem.
O mais interessante dessa obra, que foi adaptada de uma peça de teatro, é a observação sobre o comportamento humano. A desconstrução das auto-imagens, o mergulho na real personalidade de cada um, o abismo nas relações dos casais vão se desenvolvendo e criando uma intimidade inimaginável.
É cômico. Bem cômico. Se não fosse trágico.
Serviço:
País: EUA
Ano: 2012
Diretor: Roman Polanski
Atores: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz
Assista ao trailer aqui.
Prêmios: César de melhor adaptação 2012
