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Chimay: A joia da coroa das trapistas belgas

A cerveja Chimay é fabricada desde 1862 por monges da ordem trapista da abadia de Scourmont, na cidade de Chimay, na Bélgica. Os monges que produzem a Chimay pertencem à Ordem dos Cistercienses de Estrita Observância, mais conhecidos como trapistas. Os mosteiros Cistercienses são divididos em duas grandes ordens, sendo uma delas ligada à Abadia de La Trappe, na Normandia, daí a origem do nome trapista.

São onze abadias da ordem trapista que produzem cervejas e somente elas podem usar a denominação em seus produtos. São seis na Bélgica (Achel, Chimay, Orval, Rochefort, Westmalle e Westvleteren), duas na Holanda (La Trappe e Zundert),uma na Áustria (Engelszell Gregorius), uma nos Estados Unidos (St. Joseph’s) e uma na Itália (Tre Fontane).

A história da Abadia de Scourmont data de 1844, com o pedido de um padre da localidade para fundar um claustro em Chimay. Em 1850, com a doação das terras pelo príncipe de Chimay, ele conseguiu que 17 monges de outro monastério fossem transferidos para a fundação do claustro. O início foi extremamente difícil, pois as terras não eram produtivas e as primeiras colheitas não deram bons resultados.

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A primeira cerveja produzida no mosteiro foi em 1862. Ela era envasada em garrafas de 750ml e vendida na comunidade. A cervejaria foi destruída pelos alemães durante a I Guerra Mundial (1914), e reconstruída em 1919. Pouco mais de 20 anos depois foi novamente destruída, durante a II Guerra Mundial (1942), e reconstruída em 1948. Neste ano, se descobriu a cepa de fermento que seria usada para produzir a nova leva de cervejas em Chimay: a Dorée, para consumo próprio dentro da abadia, uma cerveja para a Páscoa, que depois passou a ser chamada de Chimay Red (Rouge), e uma cerveja de Natal, que depois passou a ser chamada de Chimay Blue (Bleue). A Chimay White (Tripel) foi produzida pela primeira vez em 1966. Confira aqui as opções disponíveis no Clube do Malte.

Hoje, a Chimay é um dos mosteiros com maior produção entre as trapistas com um volume anual de 123.000 hectolitros. A cervejaria foi totalmente modernizada, mas toda a produção permanece dentro dos limites da abadia. A planta de engarrafamento é a única unidade que fica fora da abadia de Scourmont, em Baileux, e tem a capacidade de envasar 40 mil garrafas/hora. Além das garrafas tradicionais de 330ml, as cervejas também são envasadas em garrafas de 750ml. Nesta embalagem de 750ml as cerveja recebem outros nomes: a Chimay Red vira Chimay Première, a Blue vira Chimay Grand Réserve e a White vira Chimay Cinq Cents.

A Ordem dos Cistercienses

A Ordem dos Cistercienses de Estrita Observância é uma congregação católica que, assim como tantas outras, obedece à Regra de São Bento. Começou a se desenvolver no século 17, com diferentes monastérios promovendo reformas internas no sentido de uma vida mais orientada ao silêncio, à renúncia e à obediência. Um dos princípios fundamentais dos trapistas é o lema beneditino “ora et labora”, ou seja, “reza e trabalha”. E um desses trabalhos (graças a Deus!) é fazer cerveja.

A Denominação “Cerveja Trapista”

A denominação “Cervejas Trapistas” significa que a Chimay é fabricada dentro dos muros de um mosteiro trapista, sob o controle e responsabilidade da comunidade monástica. Todos os lucros resultantes da comercialização de seus produtos são destinados a manutenção e aprimoramento do processo produtivo, a iniciativas comunitárias e ao serviço social.

O logotipo “Authentic Trappist Product” é concedido pela Associação Internacional Trapista e garante ao consumidor a origem dos produtos de acordo com os seguintes princípios:

  • Eles são fabricados no local ou nas proximidades do mosteiro;
  • A comunidade monástica está envolvida na gestão e em todos os detalhes de sua operação;
  • Grande parte da renda proveniente das vendas é destinada projetos comunitários e iniciativas ligadas a serviços sociais.

Saiba tudo sobre cervejas Trapistas em “Cervejas trapistas – uma tradição dos mosteiros

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Escrito por Clube do Malte

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