We meet oktoberfest. Hand of bartender pouring a large lager beer in tap. Pouring beer for client. Side view of young bartender pouring beer while standing at the bar counter
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O desenvolvimento das cervejarias locais

 

“A melhor cerveja do mundo é aquela que se toma olhando a chaminé da cervejaria”.

Você já deve ter lido essa frase (meio clichê) por aí. Antigamente fazia sentido.Hoje em dia virou lenda?

Em parte, sim. Mas, por outro lado, não. Vamos por partes.

O desenvolvimento dos sistemas de produção, refrigeração e distribuição foi prodígio para os amantes da gastronomia. Eu agradeço a Santo Arnulfo sempre que encontro uma garrafa de Orval na bodega da esquina.Tanto eu (nos EUA) quanto você (no Brasil) podemos degustar uma Sierra Nevada Pale Ale com o mesmo nível de qualidade e não saberemos se a cerveja foi fabricada na Califórnia ou na nova fábrica na Carolina do Norte. Isso se deve não somente ao avanço na distribuição, mas também nos avanços na fabricação.

Aquela desculpa antiga de que a água de certo lugar é boa para cerveja virou papo de bebum de fim de noite. Hoje é possível replicar a água de Chico-Califórnia em Mills River-Carolina do Norte assim como a água de Boston é usada nas fábricas da Samuel Adams em Ohio e na Pensilvânia.Esse é o paraíso das marcas mundiais, não é mesmo?

Devagar que a garrafa é de vidro. No mercado cervejeiro as coisas costumam ser um pouco diferentes.Da mesma maneira que o mercado está inundado com cervejas do mundo inteiro, a força das cervejarias locais nunca foi tão grande.

>>>Confira aqui: Bodebrown – A inovação e paixão cervejeira<<<

Eu falo por experiência própria. Me mudei para a região de Boston há 10 anos e em um raio de 20 km da minha casa existiam quatro cervejarias e brewpubs (Samuel Adams, Harpoon, Cambridge Brewing e Boston Beer Works). Hoje são 18 (Slumbrew, Idle Hands, Night Shift, Bone Up, Mystic, Down the Road, Winter Hill, Lamplighter, Trillium, Dorchester, Deadwood, Aeronaut, Hopsters e Lord Hobo), sendo a maioria destas cervejarias com distribuição muito restrita. O foco de todas elas é predominantemente o mercado local.

Ainda continuo visitando a minha loja preferida à procura da última Duvel Triple Hop ou de uma garrafa de Celebrator para as noites mais frias. Mas o growler também está sempre à mão quando resolvo procurar as cervejarias locais mais próxima.

Cheers 😉

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Escrito por Avelar Júnior

Sommelier de cervejas direto da terra do Tio Sam