Cerveja não é simplesmente uma bebida. Mais que isso, é um ritual. É também pacificadora e agregadora. É tudo isso e mais um pouco. Desde muito tempo atrás. Aliás, desde sempre. Já no tempo do Egito Antigo, séculos antes de Cristo, as cervejas especiais faziam parte da rotina egípcia. De modo particular, no universo dos trabalhadores, que chegavam a receber um barril da bebida como pagamento pelo trabalho na construção das pirâmides.
Ou então, esses mesmos muitos trabalhadores egípcios se reuniam para beber cerveja depois de um longo, pesado e árduo dia de trabalho. Afinal, carregar aqueles blocos de pedras que hoje formam as pirâmides não devia ser fácil. Hoje, nossas rotinas em escritórios, ou em quaisquer outras atividades desenvolvidas como trabalho, também pedem uma cervejinha no fim do expediente. É o que modernamente chamamos de Happy Hour.
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Veja: filosoficamente, temos muito em comum com civilizações que existiram séculos e milênios atrás e que tinham grandes diferenças na sua constituição, essência e forma de organização. Entretanto, a cerveja é agregadora. Não apenas junta num mesmo barco o que, aparentemente, tem milênios de diferença, mas também reúne gente que não tem nada a ver um com outro. É assim num bar, num boteco ou em volta de um baldinho com umas latinhas.
“Nunca vi boa amizade nascer em leiteria” (Vinicius de Moraes, poeta, dramaturgo, jornalista, diplomata, cantor e compositor)
A cerveja tem o poder de aproximar pessoas e, ouso dizer, curar as feridas da alma, promover o perdão e dar o pontapé inicial para muitas boas e longas amizades. Porque a cerveja é pacificadora. Sábio Vinicius de Moraes, o poeta, que fez muitos amigos e muitas músicas ao lado de boas cervejas. Que cantou as belezas do Rio, as do Brasil e, claro, as das mulheres, acompanhado de deliciosas e refrescantes cervejas.
Hoje em dia, mais que no Egito Antigo ou que em qualquer outra civilização, o homem desenvolveu técnicas de produzir cada vez mais cervejas diferentes e melhores. E, talvez por isso, tenha inúmeros motivos a mais para fazer bons amigos, boas músicas e bons momentos. As cervejas especiais ou artesanais nos proporcionam essa profusão de sabores e sentimentos. E uma variável de Happy Hour, tal qual os egípcios realizavam.
Porque no Egito Antigo as cervejas especiais faziam parte da rotina, desde os trabalhadores até os faraós, incluindo as crianças. E serviam para receitas médicas, presentes e todas as outras finalidades que conhecemos hoje. Aliás, não tem presente melhor para dar a quem frequentemente aprecia uma boa cerveja. Compreende? As qualidades da bebida vão além dos aromas e sabores. E constituem a essência da vida humana. E aí, com quem será o happy hour hoje?