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Cerveja artesanal Coruja: para quem tem hábitos noturnos e visão privilegiada

A coruja é uma ave de comportamento noturno e de visão privilegiada. Foram estas características que serviram de inspiração para os arquitetos gaúchos Micael Eckert e Rafael Rodrigues. Entre croquis e botecos da Cidade Baixa, bairro boêmio de Porto Alegre (RS), os dois transformaram a sede por boas ideias em uma nova empresa, criando uma nova forma de fazer e beber cerveja. Desde o seu inicio, em 2004, a Cerveja artesanal Coruja já mostrou sua proposta diferenciada: ter um produto de boa qualidade e trazer novidade ao mercado. A ideia era oferecer experiências sensoriais, com aromas que provocam os sentidos e desafiam o olfato, paladar, visão e audição, por conta de seu estouro característico.

Bah, mas… Esta cerveja é tri! – cervejas do Rio Grande do Sul

A pequena produção da cerveja artesanal coruja começou em parceria com a Gol Beer / Chope Maspe, de Teutônia (RS), período em que o mercado de cervejas especiais começava a se movimentar no Brasil. Nessa época, apenas algumas dezenas de empresas atuavam no formato de microcervejaria no país. Por conta de sua proposta instigante, tanto na linguagem como no produto, a cerveja artesanal Coruja foi ganhando corpo, paralelo ao fortalecimento do setor no país.

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A primeira cerveja produzida, a Coruja Viva, já impressionava à primeira vista. A “cerveja viva” da Coruja recebeu este nome por se tratar de uma lager que não passa pelo processo de pasteurização. Ela não é submetida a temperaturas elevadas e não possui conservantes. Seguindo a leial emã Reinheitsgebot (lei da pureza da cerveja) de 1516, que não permite na produção de cervejas nenhum outro ingrediente além do puro malte de cevada, lúpulo, fermento e água. Uma cerveja artesanal não pasteurizada, feita com lúpulo, fermento, água e três vezes mais malte de cevada, garantindo um sabor inigualável. A garrafa vintage é um show à parte: um frasco de remédio antigo com rótulo serigrafado diretamente no vidro. Em 2007, foi a vez da Coruja Extra-Viva.

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Em 2008, a Coruja ganhou uma casa oficial em Porto Alegre: A Toca da Coruja. Com uma chopeira de seis bicas em operação, o pub é uma opção certeira para degustar a linha da Coruja em barril – e outras opções de bons chopes artesanais convidados. Há quatro anos passou a ser fabricada em Forquilhinha, na cervejaria Santa Catarina, onde dividem tanques e o espírito das boas cervejas. Foi neste período que a Coruja passou a desenvolver uma linha de produtos pasteurizados – Strix, Otus e Alba, o que facilitou a logística de distribuição. A produção saltou de 15 mil litros por mês para um volume médio de 60 mil.

Atualmente, a unidade industrial abastece distribuidores do Sul e do Sudeste do Brasil. A empresa atende bares, restaurantes e supermercados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O lema “Beba com Sabedoria” não é apenas um slogan da empresa, ele é posto em prática em todas as suas criações. As receitas seguem um princípio básico: fórmulas originais, que não se enquadram nos estilos clássicos do BJCP (Beer Judge Certification Program). O espírito é de uma cerveja urbana, provocativa e inusitada, que bebe na tradição, mas sempre busca uma referência contemporânea.

A cerveja artesanal Coruja e a cultura

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Desde o início de sua história, a empresa divulga movimentos artísticos e aposta no setor cultural, apoiando exposições, lançamentos de filmes, eventos de arquitetura, saraus e shows. Mas foi em novembro de 2013 que a mistura de prazeres cervejeiros e arte se concretizou com a inauguração do Solar Coruja, um espaço que funde arte, música, gastronomia e cerveja no coração do Centro Histórico de Porto Alegre. Instalado em um casarão de 1906 e tombado pela Secretaria Municipal da Cultura, o Solar se tornou um centro de convívio e de troca de ideias da comunidade cervejeira e artística.

Cheers!

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Escrito por Vinicius Stanula

SEO, tomador de bera e aprendiz da arte suave nas horas vagas